Tenho procurado saber porque esse ano estamos com ventos bem piores do que nos outros anos e acho que encontrei uma explicação: EL NINO
Pesquisando na internet descobri esse artigo, que explica até porque na região nordeste temos tido menos vento que o normal. Vamos ao texto:
O FENÔMENO “EL NIÑO”
Situação de Normalidade
Os ventos alísios de NE e SE sopram dos Trópicos para a ZCIT - zona de convergência intertropical - um anel de ar úmido que envolve a Terra próximo à linha do equador. A ZCIT oscila entre as latitudes 10º N e 5º S, região onde os ventos alísios se encontram. Esse fenômeno ( alísios / contra alísios ) é chamado “célula de HADLEY”. Os alísios são responsáveis pela renovação das águas superficiais do oceano. Encarregam-se de deslocar as águas, normalmente mais quentes, do Pacífico Central em direção ao Sul do Continente Asiático, abrindo caminho para que a corrente marítima fria e profunda que chega do Polo Sul, a Humboldt, venha à tona. Nos anos em que a situação está dentro dos padrões normais, os ventos alísios ajudam a manter essas águas quentes superficiais do Pacífico presas na região da Austrália e Indonésia. Nestas circunstâncias, o mar aquece o ar. Bombeando vapor para a atmosfera, o ar sobe, a umidade forma densas nuvens e fortes chuvas se precipitam sobre essa região, nas chamadas áreas de baixa pressão.
Livre dessa umidade o ar segue seu trajeto em direção às altas camadas da atmosfera, se resfria e desce sobre o oceano, nas proximidades das costas sul-americanas, criando uma área de altas pressões, onde as chuvas são raras. Dali ele é carregado próximo a superfície de volta à Indonésia, onde tudo começa de novo. Este deslocamento do ar das áreas de alta pressão para as de baixa pressão atmosférica sobre o Pacífico Equatorial é denominado “Célula de Walker”.
Situação de “EL NIÑO”:
Sabe-se que o “EL NIÑO” é um fenômeno climático que provoca modificações nos padrões climáticos de quase toda a Terra e se manifesta em ciclos de 2 a 7 anos, a partir do aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico, na altura da linha do equador terrestre.
Seu nome é uma referência ao “menino” Jesus porque a lâmina superficial da água aquecida, em geral, chega às costas do Peru na época do Natal.
O “EL NIÑO” começa a adquirir força em novembro ou dezembro e, geralmente, conclui sua atividade no meio do ano seguinte.
Com a manifestação do EL NIÑO muda todo o mecanismo de funcionamento do clima na região do Pacífico, com reflexos no resto do planeta. Os ventos alísios diminuem a sua intensidade. Sem a força desses ventos, a “bolsa” de água aquecida acumulada na superfície do Pacífico no SE da Ásia consegue se libertar, esparramando-se pelo Pacífico, ao longo da linha do Equador, até as costas do Peru. A água quente toma conta da superfície do oceano enquanto a corrente marítima fria (Humboldt) fica presa nas profundezas.
No seu deslocamento rumo à América do Sul, as águas quentes levam com elas o sistema climático da sua região de origem. As formações chuvosas da Indonésia são deslocadas para o meio do Pacífico, dando início a uma espécie de reação em cadeia que empurra todos os sistemas climáticos dos trópicos para leste.
Na Austrália, as áreas onde havia fartura de chuvas passam a ser castigadas pela seca, enquanto que as águas que deveriam estar caindo lá são despejadas no oceano, nas proximidades da Polinésia. Ao mesmo tempo, as chuvas que caiam próximo às costas Sul-americanas, invadem o continente e passam a cair no interior do Peru. O ar que sobe provocando as precipitações no Peru, vai descer seco justamente na região costeira do Nordeste Brasileiro, banindo as chuvas dali. Segundo hipótese que vem sendo estudada por cientistas de uma Universidade independente no Japão, os ventos carregados de umidade do Pacífico só conseguiram atravessar a Cordilheira dos Andes depois que a França realizou experiências nucleares na Oceania.
A explosão teria causado desmoronamento de uma montanha de gelo, permitindo assim a passagem desses ventos que, antes, eram barrados e dissipados pelos contrafortes dos Andes.
Outra influência provocada pelo “EL NIÑO”: o bloqueio das frentes frias no sul do continente sul-americano pelas “correntes-de-jato”. (*)
Durante o “EL NIÑO”, com as águas quentes tomando conta de toda a extensão do oceano Pacífico, na altura da linha do Equador e produzindo gigantescas massas de ar aquecido, o excesso de ar quente aumenta sua força. Além disso, as “correntes-de-jato” passam a funcionar como verdadeiras barreiras de ar, que também impedem que as frentes frias, carregadas de chuvas, sigam seu trajeto normal em direção ao norte. As chuvas que deveriam ser distribuídas ao longo da costa leste da América do Sul acabam caindo todas num só lugar, já que as frentes frias são barradas e estacionam sobre a região entre o Norte da Argentina e o Sul do Brasil.
(*) correntes-de-jato (jet-stream) = são correntes que circulam a mais ou menos 12 km de altitude entre as latitudes 40º e 60º de ambos os hemisférios, no sentido oeste/leste. Assemelham-se a um tubo de ventos com velocidade de 240km/h na parte central e 80km/h na periferia.
Essa é uma explicação plausivel... se alguém tem algum texto a respeito, me mande para publicarmos aqui no site.
Abs
Frid